domingo, 26 de dezembro de 2010

Até...

Lá se foi mais um semestre! Mas não levou consigo as crises pelas quais padeço sobre ser ou não jornalista. Amo escrever! Porém nem sempre isso me parece fácil. Também aprecio a leitura, mas esta nem sempre me socorre. No jornalismo o que me seduz basicamente é a possibilidade de influenciar. Pretensiosa, mas real!
Bem, o aprendizado ficou; e nos últimos meses foi ainda mais difícil. Cada trabalho, um parto. Cada linha, uma vitória.  
Neurônios exaustos e palavras que me fogem, no momento é o saldo dessa última jornada. Estou longe de tudo e de todos - minha maior ambição ultimamente. Me encontro numa realidade completamente diferente da minha. Conseguí!
Há dias caminho por ruas não asfaltadas, cruzo com pessoas que me cumprimentam mesmo sem nunca terem me visto antes e provavelmente não me virão mais. Eu, bicho urbano, estranho, mas já respondo. Deve ser a cumplicidade de simplesmente estar no mesmo local.
Deliciosa rotina de ausências de horários, trabalho, buzinas, engarrafamento, celular, cidade grande grande, descanso. Me sinto leve! Mesmo as atividades domésticas não me causam o cansaço que habitualmente me persegue. O que faz a mudança de cenário...
Definitivamente, posso me habituar tranquilamente ao ócio que, prometo, só HOJE, produziu algo (esse texto). Estou, merecidamente de férias! Inclusive da internet! Até mais e tudo de novo (mas não antecipemos os sofrimentos)!
Um brinde ao ócio!
Feliz 2011!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E agora, José? Ou melhor, JOÃO?

"Tribunal rejeita, por unanimidade, contas de João Henrique - A Prefeitura de Salvador gastou mais do que arrecadou no ano de 2009 e ainda aumentou o seu endividamento. Pior: aplicou recursos abaixo do obrigatório no setor da educação, contratou empresas sem licitação e pagou altas multas por causa do atraso na quitação de contas..." (A Tarde, 10/12/10 - http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5660856)
Tá pensando o quê? Por exemplo, aquelas lâmpadas que iluminam as colunas de sustenção de sustenção do "suposto futuro" metrô, são caríssimas!

Arrecadar é obrigação, aplicar bem o dinheiro é uma arte - e não uma obviedade pelo visto!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O crime compensa?

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Não sou advogada nem pretendo ser. Mas sou cidadã, e como tal, vejo os disparates que a "justiça" comete.
Após denúncias, suspeitas, enxurrada de manchetes, disputa por audiência, acusações, escândalos, julgamento popular - "julgaram" tanto a vítima (a quem chamaram de prostituta, como se justificasse o ato), quanto os acusados -, hoje estão em todos os sites a condenação a Bruno Fernandes - 4 anos e 6 meses - e Luiz Henrique Ferreira Romão ("Macarrão") - 3 anos. 
Fato é que Eliza Samudio está desaparecida (e supostamente morta) desde junho de 2010. Já ouví falar que "sem corpo não há crime" - expliquem isso para os pais da vítima e para seu filho que nunca terá oportunidade de conhecer a mãe. Convençam também às mulheres que são agredidas diariamente, que sejam corajosas e denunciem seus algozes pois terão proteção da lei, e, principalmente, convençam aos agressores e/ou assassinos de que "o crime não compensa".

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

‘Campanha Natal Sem Fome dos Sonhos’

NEOJIBA reune mais de 200 crianças e jovens na Concha Acústica do TCA, em grande Concerto Especial de Natal. Ingressos serão trocados por doações para a ‘Campanha Natal Sem Fome dos Sonhos’


O NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) realizará um concerto especial para contagiar Salvador com o espírito natalino. No próximo dia 12 de dezembro, 225 crianças e jovens, integrantes do programa e convidados, estarão reunidos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves para o 3º Concerto de Natal do NEOJIBA. Sob a regência do maestro Ricardo Castro, os jovens músicos – 140 integrantes da Orquestra Juvenil 2 de Julho (J2J) e da Orquestra Castro Alves (OCA), junto com as 85 crianças e jovens do Coral do NEOJIBA e do Coral do IEM (Instituto de Educação Musical) – prometem uma noite especial, com composições já prestigiadas nos tradicionais concertos de Natal, juntamente com várias obras primas do repertório.

Os ingressos para o evento podem ser trocados por um livro ou um brinquedo, que serão doados para a Campanha “Natal Sem Fome dos Sonhos”. As trocas podem ser efetuadas a partir do dia 08 de dezembro, na bilheteria do Teatro Castro Alves.

Venha e dê esse presente especial para sua família!



SERVIÇO:

O quê: Concerto de Natal do NEOJIBA

Quando: 12 de dezembro, domingo, às 18h.

Entrada: Um brinquedo ou um livro, novos ou usados (em bom estado), podem ser trocados por um ingresso. Não serão aceitos livros escolares e apostilas. Trocas na bilheteira do Teatro Castro Alves, a partir do dia 08/12.
 
http://www.tca.ba.gov.br/

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Luto pelo estado do meu Estado

 Posso orientar a minha filha sobre quais sites visitar na internet, pra que não fale com estranhos e também pra quê não marque encontros com pessoas desconhecidas. Mas nunca diria pra ela que não deveria olhar pela janela do quarto aonde dormimos, DENTRO da casa na qual moramos. Até ontem isso nunca tinha me passado pela cabeça. Penso e questiono se a partir de ontem essa orientação fará parte do meu repertório de mãe. O que é isso? Aonde estamos?
Jornais, revistas, rádio e TV hoje têm diariamente a violência como pauta. Tornou-se tão comum que banalizamos o fato e vivemos com o mesmo comodismo de esperar por um ônibus por meia hora em média, com a acomodação em votar em tal candidato mesmo sabendo que é corrupto, pegar um documento na mão de um amigo para pagar na fila do banco, em fingir que dorme pra não dar lugar a alguém que com menos condições físicas que nós, em comprar ingresso na mão de cambista. É o mesmo princípio - ou a falta dele - : Respeito pelo outro! 
Todo dia sangramos um pouco e nem sempre nos damos conta. Até quando acontece algo de uma dimensão tão estúpida que não dá pra ignorar. Aí há um choque coletivo. Uma comoção intensa, só não sabemos quanto tempo vai durar.
A dor da família de Janaína Cristina Conceição, 16 anos, e Gabriela Alves Nunes, de 13 e de  Joel da Conceição Castro, de 10 anos, não tem data pra acabar, é uma tristeza sem data de validade.
Joel queria ser capoerista como o pai - que desenvolve um trabalho com meninos do Nordeste de Amaralina pra que não fiquem na rua "à mercê", o que é obrigação so Estado. Tenta proteger aquelas crianças, e não pôde proteger seu filho -. Sonhava em crescer seguindo seus passos e se empenhava pra isso, era um dos melhores alunos do grupo de capoeira. Chamava tanto atenção pelo seu empenho que foi chamado pra participar da propaganda do governo do estado convidando turista pra virem conhecer a "Bahia, terra de todos nós". Quanta ironia! 
As meninas certamente tinham seus sonhos também. Todos DIZIMADOS!

"Primeiro levaram os negros.                                     

Mas não me importei com isso.                                    
O grito, de Edvard Munch

Eu não era negro.

Em seguida levaram alguns operários.

Mas não me importei com isso.

Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveis.

Mas não me importei com isso.

Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregados.

Mas como tenho meu emprego, também não me importei.

Agora estão me levando.

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém.

Ninguém se importa comigo".

Bertold Brecht (1898-1956).




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Do "abandono" (do blog ou das memórias)


Relógio - Salvador Dali
Administrar bem é uma arte! Seja uma casa, uma empresa, um trabalho...se for o Sr. Tempo, bingo!  
No século XXI dispomos de tecnologias que muitos sábios e profetas se quer sonharam. Mas que uso temos dado a cada uma delas? Têm nos servido ou nos escravizado?
Muito - senão tudo - do que criamos é pra nos facilitar a vida, pra agilizar as coisas, pra poupar TEMPO! Como temos aproveitado esta "sobra"? O que temos feito com o nosso tempo? Com o tempo que nos resta?
Sistema de conversação on line, telefone, celular, sites de relacionamento, e-mails, etc, tudo isso, a mim, denota  distância. Teoricamente não se telefona ou se envia correspondência eletrônica para alguém ao seu lado. Não há necessidade.
Não sou, absolutamente, contra esses e outros meios de comunicação - sou estudante da área - mas só vejo utilidade se estiverem ao meu favor. A favor da promoção da aproximação. Nem sempre dá pra ser física, é verdade, mas em identificação, sentimento e vontade!
Vivemos numa era de concorrência exacerbada e desleal. Milhares de pessoas marginalizadas, desempregadas ou em busca de uma colocação melhor no mercado. Mercadoria. É como somos tratados e tratamos. Laços afetivos muitas vezes reduzidos a "círculo de relações"; por falta de tempo em seu cuidado ou pela frieza exigida no capitalismo. 
A ânsia pelo possuir nos têm levado a uma rotina sobrecarregada de estudos, cursos, trabalho, horas extras onde nem sempre cabe um telefonema amigo ou conversas jogadas fora. Há quanto tempo não vê seus amigos (mesmo os melhores)? Qual a última vez que sentou pra ver aquele filme numa tarde qualquer em casa? Quando conseguiu ficar em casa "de bobeira"? Molhou - você mesmo - suas plantas? Tomou café na mesa da cozinha? Comeu sem pressa? Fez desenhos pra seu filho adivinhar? Conversou com ele no meio da noite no meio da semana sem se preocupar que horas (já) eram? Já teve a sensação de que suas memórias de infância ou até de um passado recente estão lhe escapando (talvez por isso estejamos tão obcecados com o registro em imagens, talvez por isso tantas máquinas digitais e fotos instantâneas) ?
...
Excesso de informações e de exigências. Algumas vezes para sobreviver, outras pra quê mesmo? 
...
"No final vai dar em nada. Nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada, nada do que eu pensava encontrar..."
Gilberto Gil

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Inversão

Um adolescente de 15 anos morto num bairro da periferia, um policial agredido por tentar prender um traficante, tudo num mesmo jornal (http://www.correio24horas.com.br/). No entanto,  na capa está estampada a foto do "polvo Paul" que "previa" qual time ganharia determinado jogo da Copa.
O que é prioridade? Quais os critérios de noticiabilidade?
 Inversão...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rebuliço

Você chegou, desarrumou tudo, me confundiu e saiu
Fiquei à espreita da porta
Esperando uma possível volta

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Aos candidatos e eleitores

Aborto é "apenas" uma das vertentes dos problemas da saúde no Brasil e não é da "alçada" do Presidente. Menos ainda dos presidenciáveis(?).

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tudo bem com a (in)segurança pública

Mais dois jovens assassinados durante blitz da PM. Mas está tudo bem! O Governador foi reeleito e tudo! Sinal de satisfação da maioria, né?

Um dos pontos que ele mais reforçou em sua campanha, foi o investimento na segurança pública durante seu mandato. Para o Sr. Wagner, basta comprar não sei quantas viaturas e motos, contratar não sei quantos novos soldados, fazer ronda e blitz pela cidade, construir presídios. Em nenhum momento o ouví mencionar sobre investimento em pessoal: aumento de salário dos policiais, acompanhamento psicológico, treinamento específicos de abordagem, combate à corrupção e melhora da imagem da instituição, segurança pra eles próprios na execução do seu trabalho. Por que afinal de contas, onde moram os policiais de Salvador? Nas periferias. Sim. Estão todos no mesmo barco e bairro.

Não sou "da situação" ou da oposição. Sei que me sinto cada dia mais insegura, tanto nas ruas quanto em casa. O despreparo está em toda parte, nos governantes e gorvernados, não necessariamente na mesma ordem.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nem tanto assim

As eleições servem pra mais do que eleger aqueles que supostamente nos representarão. Acabam sendo uma amostra de como a maioria do povo brasileiro está encarando a política partidária.


Tá! Romário e Tiririca foram eleitos, mas nomes tarimbados como Tasso Jereissati, Fernando Collor e César Borges, por exemplo, foram descartados.

"Novos nomes" como Leocrete (BA), Popó (BA), Netinho (SP), todos aproveitando-se de uma exposição midiática adquirida por outros méritos (?), absolutamente desprovidos de ideais sociais, também não alcançaram o objetivo de entrarem ou manterem-se nos cargos políticos.

Marina Silva obteve mais de 19 milhões de votos, um número que não dá pra ignorar.

Na verdade, penso que isso deveria ser óbvio (e não um motivo para comemoração), porém, a imagem que se tem da população nacional é de ser totalmente manipulável e tola.

Isso ainda não é o essencial (não mesmo!), mas deve querer dizer alguma coisa. Insatisfação e desejo de mudanças no cenário político – se pra melhor ou pior, os próximos quatro anos dirão – ou algo como: “Não somos tão bobos assim”...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bem, faltam apenas dois dias para terminar um suplício - e provavelmente começar outro - a partir de amanhã estão encerradas as propagandas eleitorais, isso significa dizer que no domingo teremos "somente" as bocas-de-urna e os carros de som em volume máximo tocando aqueles jingles insuportáveis, se repetindo como um mantra.
Sugiro que não confiem cegamente na memória. Anotem os números dos candidatos nos quais desejam votar e levem no momento da votação.
As tais “musiquinhas” são elaboradas de forma minuciosa para entranharem na mente e então, contaminado, você pode acabar votando “inconscientemente”. As opções de candidatos já não estão lá “essas coisas”...
Boa sorte e paciência a todos!

Talvez ainda dê tempo conhecer ou lembrar algumas coisa dos caras:
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/candidatos

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cidadania II

Em caso de perda, roubo ou extravio de documentos (aconteceu comigo) siga as seguintes orientações:

  • Preste queixa na delegacia mais próxima, assim que der falta dos documentos;
  • Com o Boletim de Ocorrência (BO) em mãos, entre em contato com o Spc e Serasa para que saibam e não permitam que sejam usados para abertura de crediário, por exemplo;
  • Acessem o site da Juceb (Junta Comercial da Bahia) e preencham o formulário do atendimento online, isso evitará que abram firma em seu nome;
  •   Entrem no site do Movimento de Apoio ao Consumidor (link para perda, roubo ou extravio de documentos) e preencha a ficha que serve de "alerta" para todo o comércio
Anote ou imprima tudo que preencher no intuito de proteger-se contra possíveis fraudes com seus dados.


SPC (CDL) - 3320-4040
SERASA - 3341-1744
Movimento de Apoio ao Consumidor -0800 011 1522 http://www.apoioaoconsumidor.com.br/
Juceb - http://www.juceb.ba.gov.br/

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mais um fim de semana

Sábado à noite, uma rua qualquer, multidão, uma pessoa qualquer, um crime qualquer. Um a mais, uma a menos.
Domingo de sol e a rotina continua: almoços com a família, bebidas, som alto, nenhum vestígio,a mancha de sangue a chuva apagou, mas se não o fizesse, estaria simplesmente compondo a paisagem.
Nenhuma palavra ou nota no jornal, nem entrou para as estatísticas. Quantos mais terão deixado de entrar também? Talvez poucos comentários, como algo distante, ou pior, extremamente cotidiano, mas distante. Temos superado rápido demais. Se conformado. Resignado. 
Ela tinha 19 anos, mal sei seu nome ou história de vida. Sim, ela tinha uma, embora não pareça...
Não. Reticências não. Ponto FINAL.



"Desligo a TV pra quê as crianças não achem normal todo dia matar, morrer e sobre o futuro o que vou dizer? Alguém aqui acredita que não tem nada com isso? Quem é que joga os dados?..." (Zélia Duncan)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Hã?

"Língua com 7,9cm de largura coloca australiano no Guinness" (http://www.globo.com/ em 16/09/2010)

Guinness é um livro (?) que você NÃO deve ler.
Alguém pode, POR FAVOR, me dizer como faço pra parar esse mundo e eu descer?!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010



X



Prioridades outras (ou nenhuma) II

"Diga-me com o quê gastas e te direi quem és"
O Governo do Estado estipula que serão gastos cerca de R$ 591 milhões para a construção da "Arena Fonte Nova", afinal orgulhosamente (?) sediaremos a Copa de 2014 e Salvador é candidata a abrigar o jogo de abertura (torci tanto para que o Brasil não ganhasse nesse sorteio, penso que os malefícios serão permanentes e os benefícios temporários), já o Hospital do Subúrbio (HS) custou cerca de R$42 milhões. Não sou economista (reza a lenda que Jornalistas,embora ainda não tenha me formado, não entendem nada de números), não entendo de administração/gestão, nem de medicina, não trabalho com licitação, mas sou alfabetizada e vejo a diferença (591-42) de R$549* milhões de um investimento para o outro.
Como cidadã, percebo que a necessidade de ter assistência eficiente na área de saúde é maior do que ter à disposição um belo estádio. O fato de não gostar de futebol também não influencia essa minha reflexão.
O objetivo aqui é pensar o que é prioridade e atentar para algo sobre o qual ainda não ouvi um comentário: a questão não é somente construir mais um hospital. É fazê-lo funcionar satisfatoriamente! O HS em sua inauguração já contou com uma manifestação dos médicos residentes insatisfeitos com seus salários e condições de trabalho. Fala-se em "desafogar" o HGE. Sim. E como os médicos trabalham lá? "Todos bem, obrigada?". Talvez aquela diferença* tivesse maior utilidade na reparação das deficiências que já existem. Grande parte da demanda do Hospital Geral é formada por pessoas que vêm do interior do estado. Só pra citar um exemplo, uma médica clínica recém-formada liga pessoalmente para a capital solicitando (leia-se implorando) por uma vaga na UTI para tentar salvar a vida de um paciente de 29 anos que tinha condições clínicas de se salvar, caso fosse submetido ao devido tratamento do qual a unidade interiorana não dispõe (a propósito, o rapaz não resistiu à espera e foi a óbito).   
É uma febre nacional "construir isso", "criar tal lei ou projeto" mas, e quanto a manutenção dessas obras/serviços e o cumprimento dessas leis? Fazer um filho, permitam-me a comparação, é a parte mais fácil, rápida e prazerosa! Criá-lo dignamente, mantê-lo e educá-lo é a parte "trabalhosa" e onde muitos deixam a desejar...
Sugiro uma enquete (ou um plebiscito como diz a outra) com os baianos, principalmente entre aqueles que estão nas filas e nos leitos dos hospitais, perguntando no que (mais) investiriam, na saúde ou na construção de um campo de futebol, se tivessem nas mãos R$ 633 milhões.
Desejo que os torcedores lembrem que, um dia, ficarão doentes.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Demolição das barracas - A novela

Apesar de ser uma determinação federal, a  prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramancho foi à Brasília e conseguiu, através de liminar, que as barracas de praia de Ipitanga só fossem demolidas depois da relocação dos barraqueiros para outras áreas.
Viu, João Henrique?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Pra não dizer que não falei de flores..." II

Para a continuação das "boas novas", estou aqui para apresentar aos possíveis leitores deste blog, a chance de SER MAIS! Isso parece ser absolutamente pretensioso de minha parte mas não é.
Há meses ouví falar sobre o Grupo de Voluntários e Ledores para Cegos, que funciona no setor de Braile da Biblioteca Pública Central dos Barris e tem como presidente Antônio dos Santos Andrade, que explica qual é o objetivo do Grupo:
"Em sua origem, o Grupo tinha como objetivo, dar  aos cegos o acesso à leitura. Isso continua, mas é mais específico quando busca dar suporte para que o cego ingresse ou continue no ensino superior. O governo tem programa e distribue livros didáticos para aqueles que estão no ensino fundamental e médio, mas para aqueles que desejam continuar os estudos, não há apoio. Seria inviável (custo, transporte, manuseio, velocidade e quantidade de informações, etc) a cópia de todos os livros necessários ao estudante de nível superior para o Braile, então esse é o nosso público-alvo. Mas isso não exclue, de jeito nenhum, os estudantes de outros níveis de escolaridade".
Eu digo: É um trabalho nobre e aceitam-se voluntários!!
Para saber e ser mais, enviem e-mail para gvclc@yahoo.com.br .                   

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O saldo é de 349 barracas de praia demolidas na orla de Salvador. E esse número vai aumentar. Aquelas localizadas em Lauro de Freitas ainda não foram derrubadas.
Agora "sugerem" que os TRABALHADORES, que acabam de engrossar a estatística de desempregados na Bahia, recebam uma bolsa  enquanto não se resolve qual será o final dessa verdadeira novela mexicana. Sim, porque drama é o que não falta nessa história: Houve chôro, incêndio, pai sentado com filho no colo acorrentado à barraca...o que não houve foi solução. O que será dessas pessoas agora? Dizem que não adianta "chorar o leite derramado" mas como outros tantos litros serão derramados com certeza, cabe perguntar: Pra quê servem mesmo os programas de governo? Só agora perceberam isso? E o planejamento que deveria anteceder toda a decisão das derrubadas? Por que não houve um remanejamento? Conversa?   
As justifcativas são as mais diversas: a falta de higiene e a enorme desordem (entre outras) imperavam na orla. Não estou aqui julgando se as barracas deveriam ou não continuar onde/como estavam, mas a forma como o processo se deu, como as pessoas foram tratadas e o que há de ser delas de agora em diante. Havia ali investimentos em dinheiro e em projeto de vida.
O que fica é um entulho de sensação de impotência, madeira, covardia, palha de coqueiro, imposição, telhas e a democracia aos escombros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aparições

No Natal, Papai Noel me deu um presente. Mês passado um Duende puxou meu lençol. Hoje cedo ví o Metrô de Salvador...Deus é mais!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filha, não leia

Com tantas "mulheres-fruta", jogadores de futebol sem instrução, políticos corruptos e ex-BBBs ganhando "dinheiro a rodo" (como se diz) os meus argumentos de "estudar pra ser alguém na vida", de que é mais digno obter as coisas por seus esforços e não pelos dotes físicos, e, principalmente, que é mais importante "ser" do que "ter" estão cada dia menos convincentes pra uma criança de doze anos que vê a mãe sair de casa antes das 7h e voltar às 23h e não ter tempo de ensinar o dever, não ter grana pra essa ou aquela diversão.
Não estou me queixando da minha vida. Eu optei pelo que faço e estou feliz com as minhas escolhas. Respondo e arco com todas as consequências de cada uma delas. 
O que faço aqui é uma constatação. Que, infelizmente, sou apenas mais um exemplo de que as oportunidades não são as mesmas coisa nenhuma (isso é apenas um texto na Constituição e nos Direitos Humanos) e que os valores estão esquecidos ou muito deturpados...
Não leia esse texto não, filha. Pegue um livro. Eu ainda acredito!


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Tragédia anunciada"

Após um mês onde uma pessoa morreu vítima de desabamento, outro imóvel no Comércio desaba e dessa vez o número de vítima aumenta para quatro pessoas. Quantas precisarão morrer pra que se tome alguma providência? O Iphan (Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) vai desabrigar 111 imóveis naquela área. Para onde serão "levados" aqueles que lá residem? Por que esperaram que houvesse mortes pra fazer alguma coisa?
Não sou boa em matemática, mas me perguntem uma raiz quadrada de um número com sete dígitos, que eu respondo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Amei a repaginação do meu blog!!! Está mais parecido comigo. Um saudosismo bom de máquina de escrever, lápis, papel e borracha...Contradições de uma futura Jornalista.
"Quem tem amigos tem tudo!" Quem tem Dinho tem blog novo! Rsrsrsrs.
Obrigada, querido!

Que sorte!

Muros pintados, faixas, outdoors,"santinhos "(que em sua maioria serão jogados no chão), pessoas (geralmente desempregadas) segurando bandeiras, carros tocando jingles(em alturas inconvinientes)...uma infinidade de ferramentas publicitárias são exploradas durante as campanhas eleitorais.
Sorte dos políticos que nós não temos a sensatez de votar naqueles que não sujarem/poluirem a cidade. Já pensou se assim fosse? Imagino a manchete dos jornais:
"Candidatos aos mais diversos cargos públicos não obtêm um voto sequer"
Que sorte!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Pra não dizer que não falei de flores..."

Percebí que praticamente todos os textos escritos aqui são sobre notícias ruíns. Isso é um péssimo sinal. Ou o que é bom não vira notícia ou ando com a percepção voltada somente para o que não agrada (pelo menos pra escrever sobre).
Não tô estudando pra continuar alimentando a impressa e o público com tragédias nem desenganos. Desassossegar não é algo necessariamante ruím.
 Para corrigir esse erro, hoje inauguro a sessão "Pra não dizer que não falei de flores..."(que é uma frase da música de Geraldo Vandré na qual ele busca incentivar a luta por mudanças).
E pra começar, acabo de ler no site do Ibahia: " Doações de órgãos têm recorde no semestre". Segundo o Ministério da Saúde, a doação de órgãos atingiu uma taxa histórica já no primeiro semestre de 2010 (e ainda falta mais um, oba!!). Essa notícia me atinge pessoalmente. Uma grande amiga está na fila para receber um rim. Acompanho de perto sua luta, ânimo, esperança e otimismo. Tá dando certo, Adri!
Há um cheiro delicioso de conscientização no ar.
"Nós podemos muito, nós podemos mais. Vamos lá pra ver o que será..."


Na íntegra:

http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=231820&id_secao=29


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cidadania I

Sexta-feira, 30/07/10, cheguei ao Bradesco (agência Salvador Trade Center) às 15:40 e saí às 17:30. Quem aí já passou por isso levante a mão? Nossa! Daqui mesmo posso ver a quantidade de mãos abanando.
Brincadeiras à parte, gostaria muito de saber dos banqueiros por que o tempo deles é mais importante que o nosso. Essa é a impressão que tenho. Temos hora pra entrar no banco (experimenta chegar lá às 16:10 e pede "por favor" que te deixem entrar) mas pra sair "são outros quinhentos".
E por falar em "quinhentos", o Bradesco foi um dos bancos que mais lucrou em 2009, e a custa de quem mesmo? 
Bem, hoje fui novamente àquele ambiente convidativo e quando eu já estava na fila a TRINTA (a Lei diz que são QUINZE, lembram?) minutos, dois fiscais da prefeitura apareceram. Um "resmungão solitário" teve voz e passou a encorajar as pessoas a exigir e entregar a fichinha de controle do tempo na fila a quem de direito. Saí logo, mas ví que alguns aderiram ao pequeno movimento. "Se a gente não reclamar vão achar que está tudo bem e não vão mudar nunca. Os banqueiros gostam desse silêncio", dizia ele.
Imagino que ninguém ali estava satisfeito com a longa espera, acredito também que havia alguns já cansados de reclamar e outros que são absolutamente descrentes de mudanças (o que aumenta a inércia). Pra esses a informação: No dia 13/07/10 a prefeitura inteditou e multou a agência do Banco do Brasil do Iguatemi*.
É uma gota no oceano mas aquela história de "eu estou fazendo a minha parte" não sai de moda.

Para denunciar: Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à violência (Sesp) - 3322-1581 ou 156
*http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/index2.php? option=com_content&do_pdf=1&id=24352.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Divagações sem número

Diariamente muitos de nós se comporta como se nada tivéssêmos a ver com a vida do outro. Então acontece um atropelamento e o trânsito é alterado, muitas pessoas ficam presas num engarrafamento; policiais ou rodoviários entram em greve e um estado de pânico ou revolta toma conta de todos; uma criança é abusada e há uma comoção geral...
Infelizmente, muitas vezes esse tipo de fato são os únicos gatilhos que nos despertam para a realidade de que vivemos em sociedade e isso faz de nós "co-dependentes". Coisas assim nos joga na cara a  lei do retorno e da cumplicidade que, se não existe, deveria ser revista, pois "estamos todos no mesmo barco".
O motivo que nos levou a viver em comunidade não foi o espírito de sobrevivência? Aquele que conta com a ajuda mútua para a proteção, preservação e perpetuação da espécie? O que aconteceu? Não precisamos mais? Aonde foi que nos perdemos?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Fim da resistência

Resistí o quanto pude em falar sobre o assassinato de Eliza Samudio, mas minha resistência chegou ao fim! O que parece não acabar é o interesse mórbido das pessoas por essa história de horror! 
Mais uma vez assistimos a uma avalanche de informações levianamente publicadas, detalhes desnecessários que em nada contribuem para a elucidação do crime (que deveria ser o objetivo) e punição para os culpados. Novamente a imprensa se acha no direito de julgar, condenar e explorar tudo em volta priorizando, tão somente, a venda de jornais, revistas e um alcance por maior audiência em seus programas de rádio e tv. Eu, também repetidamente, me refiro ao "Caso Escola Base". Como alguém já disse: "Não aprendemos nada com esse caso".
Penso que tão perverso quanto o crime em si é essa exploração impiedosa da dor alheia...
Àqueles que acompanharam o "nascimento" deste blog, sabem da minha crise no que se refere a ser ou não jornalista. Há uma distância tão grande entre os valores que aprendo na sala de aula e a prática que vejo por aí, que muitas vezes me parece intransponível!
Daí vem um misto de pretensão em continuar para, ao menos, tentar fazer diferente, com a sensação de que serei engolida...
Pior é saber que com esse ritmo de detrimento de valores que a sociedade vem tomando, matéria-prima é que não falta.
"Por que aprendemos tão cedo a rezar?..." (O Rappa)  

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre perdas

" Brasil ficou entre 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste. É 85º em educação e não há tristeza."


                                                                                                                           Cristovam Buarque

terça-feira, 6 de julho de 2010

A dúvida sobre o "Dia D"

É do senso comum que a única certeza que temos na vida é o fato de que morreremos. Portanto, as dúvidas são: Quando? Como? Por que? O que vem depois? 
Muitos acreditam que "cada um tem sua hora", que a morte "só procura uma desculpa" e assim vai.
Eu ainda me encontro apenas com a certeza do fim físico, tudo o mais são questionamentos. Dentre eles, menos filosófico e bem mais prático, é se alguém aos 49 anos de idade, (que por sua faixa etária tem probabilidade de ter determinadas doenças,vistas até certo ponto como "causas naturais", que pode ser fruto de descuidos com o próprio corpo: ausência de exercício, má alimentação, estresse, hereditariedade),  inclue em meio à especulação de como morrerá, as tragédias sociais que vivenciamos diariamente? Até então só sei de Caetano: "Sei que adiante, um dia vou morrer de susto, de bala ou vício..." Morrer baleada nas costas enquanto exerce uma atividade tão cotidiana quanto andar nas ruas fazendo compras, certamente não é natural ou normal. Desejo que não se torne, um ou outro, por força da repetição.


Tiroteio e pânico na Av. Manoel Dias

http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=52543

terça-feira, 29 de junho de 2010

Apatia

Nos corpos, na publicidade, nas janelas, nos carros, o "verde e amarelo" está em todo lugar. As empresas estão vazias, os pontos de ônibus estão lotados, as ruas engarrafadas, a euforia estampada nos rostos, os freezeres abastecidos e os gritos guardados nos pulmões e gargantas. A descoberta e/ou a constatação de ser brasileiro.
Um só time. Adversários distantes. Rivalidade nenhuma. Cumplicidade! Em mim, nenhuma ansiedade. Apatia.
Eu usava verde e amarelo, tinha arritimia durante os jogos, votava com bóton do candidato na blusa, ia a comícios...confesso que sinto falta daquele tempo, daquelas crenças, daquela esperança.
Hoje minhas bandeiras são mais específicas: Não me interessa qual é o time, me interessa o bom futebol. Não me importa qual é o partido, me importa mesmo que haja mudanças, venham de onde vierem...

Da continuação...

Mais um semestre acaba, e este blog, que foi criado com a intenção de cumprir a mais uma das atividades do curso, acabou virando um doce vício!
E Tânia, (minha professora, consultora, mestra e "ídola", rs), fez este comentário após a correção dos meus textos:


Como não continuar?!
Assim sendo, vou continuar a alimentá-lo e alimentando-me dele.
Até!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Apenas uma frase

Quem dera tivéssêmos toda  essa mobilização (até metade serviria) em outros âmbitos sociais....

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O Jornalismo que realmente me seduz é o Opinativo. Por isso quando a professora propôs a construção e manutenção desse blog tive receio apenas de não ter inspiração suficiente para publicar aqui, pelo menos,  um texto por semana. Mas diante de tantos acontecimentos bizarros nesse mundo, país, estado e sobretudo, nessa cidade...haja blog e leitores!
Essa semana, a dificuldade foi escolher a notícia que comentaria. E diga-se de passagem, uma mais absurda que a outra:
"Polícia encontra cocaína e dinheiro em fraldas" (Vitória daConquista) - A Tarde 21/05/2010
"Estudante acusada de roubo é espancada" (Salvador) - Correio da Bahia 21/05/2010
"Estudante morto na porta da escola" (Itabuna) - Tribuna da Bahia 21/05/2010
Dentre estas e tantas outras "fontes de inspiração", a escolhida foi: "Barracas de praia são demolidas em Salvador" - Todos os jornais de Salvador 18/05/2010.
Cerca de 89 barracas foram demolidas. Famílias inteiras que sobreviviam desse comércio estavam desolados ao virem o produto dos investimentos de uma vida inteira serem destruídos em minutos. A TV, agindo de forma absolutamente previsível (é o seu perfil atual), explorava a imagem das pessoas, chorando desesperadas a perda do único bem. Um dos argumentos defendidos pela Prefeitura foi a comparação com outras orlas do país, a qual nos dava o triste título de "pior orla do Nordeste". Acabei de ler o livro "Caso da Escola Base"  e procuro colocar em prática o que absorví dos cuidados que que os jornalistas devem ter com as palavras, então...
Não conheço outras orlas, senão a soteropolitana. Portanto, essa comparação pra mim não tem validade. Concordo, porém, que existe abuso por parte de muitos barraqueiros na exploração do espaço, inclusive privando os banhistas que optam por ficar na areia, às vezes por falta de recurso para "contratar" os serviços de mesas e cadeiras.
Também sou a favor de uma organização das referidas barracas, até por uma questão de cuidado ambiental, e não somente, estética da cidade. Mas, a falta de tato e educação, pra dizer o mínimo, das autoridades para com esses TRABALHADORES é incompreensível! Foram tratados como marginais, leia-se marginais julgados e condenados, pois todos são INOCENTES até que se prove o contrário. 
Há que se rever a forma como as leis são cumpridas, como os cidadãos são tratados. Por enquanto, há uma tolerância demasiadamente passiva e até irritante por parte dessas pessoas, mas, até quando?  
Bem, segundo o prefeito, nenhum dos barraqueiros ficará desassistido pois já existe o novo projeto orla onde serão serão construídas novas barracas mas agora numa quantidade "INFINITAMENTE MENOR"*... que matemática é essa?


*Entrevista do Prefeito João Henrique concedida a Mário Kertész na Rádio Metrópole em 21.05.10

http://www.radiometropole.com.br/noticias/index_noticias.php?id=VFdwck1rNTZXVDA9

   

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sugestão de Leitura I

Para os interessados em saber como o Jornalismo (nesse caso de forma irresponsável) pode determinar o rumo dos acontecimentos e da vida de pessoas neles envolvidas:

Caso Escola Base - Os abusos da imprensa - Alex Ribeiro


P.S  Obrigada, Tânia!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Normal?

Vídeo gravado pelas câmeras de segurança de um bar na Pituba, onde tem sido constante os assaltos, principalmente a bares; e, pela MESMA GUANGUE!

Aonde vamos parar? Posto essa notícia e vídeo pra que a gente não passe a achar "normal".
Inclusive é mais uma ótima sugestão de onde se poderia ter aplicado aqueles tais R$500.000,00*. E não tô falando de viaturas novas não. Há uma necessidade de investimento em PESSOAL. Qualidade do efetivo contratado e não somente quantitativo, que costuma fazer parte de uma estatística que mais cheira a investimento de campanha eleitoral.

http://www.radiometropole.com.br/noticias/index_noticias.php?id=VFdwbk0wMUVZejA9


*Prioridade outras (ou nenhuma)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Prioridade outras (ou nenhuma)

"Em menos de 45 minutos" o Governo do Estado da Bahia gastou R$500.000,00!!!!!!!!!! Haja exclamações!! Esse foi o preço da brincadeira do dia 02/05, quando Salvador sediou a "Parada Disney".
A Bahiatursa enviou um comunicado, hoje, à Rádio Metrópole dando essa informação e explicando que a Bahia foi o único estado do Nordeste escolhido receber o tal evento. Privilégio?
Diante disso, fico ainda mais preocupada com o fato do Brasil ter ganho a disputa para sediar a Copa do Mundo porque, pelo andar da carruagem e salvaguardando as devidas proporções...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Contradições comerciais ou Como funciona o mercado

Hoje existem cerca de quatro ou cinco condomínios sendo construídos na Paralela. Para a construção, a destruição. Áreas enormes estão sendo devastadas.
Enquanto isso, a publicidade responsável pela venda de tais empreendimentos, usam o que ainda restou "do verde" para divulgar a vantagem de se morar tão próximo à natureza e, assim, conquistar compradores.
"Tem certas coisas que eu não sei dizer", Lulu Santos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Previsão do Tempo para 2011

A impressão que tenho todo ano é que ninguém (cidadãos e governantes) nem imagina que, em algum momento, vai chover em Salvador. Talvez seja por conta do calor escaldante que tem feito por aqui. Altas temperaturas desorientam os neurônios, e então, somos "pegos de surpresa" ano após ano.
Isso é coisa da "Cidade de verão". Pior que nem isso podemos alegar mais, a orla tá um lixo!!
Vou profetizar: Em 2011 mais ou menos nesse período, choverá!
Pronto! Fiz minha parte, se me ouvirem e/ou lerem não terão mais desculpas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Divagações IV

Hoje é Dia do Jornalista!
Há meses se arrasta a polêmica sobre a exigência ou não do diploma para o exercício do jornalismo. Discussões à parte, o que considero essencial independente da profissão, é responsabilidade cidadã e ÉTICA!! Ô coisinhas em falta no mercado...
Parabéns, futuros colegas!


P.S  A implicância com os "dias de" continuam (em Divagações)

quarta-feira, 31 de março de 2010

Divagações III

Lançamento do Programa de Ronda nos Bairros, entrega de viaturas e armas à PM, inauguração de praças e coberturas de canais, etc.
É só coincidência ser ano eleitoral, né? Sabia que eu estava com mania de perseguição...
Mas o país tem saída sim. Ontem, por exemplo,  elegemos o nosso "Grande Guerreiro" (expressão usada hoje pela Tribuna da Bahia), Marcelo Dourado ganhou o BBB 10.
Agora posso dormir em paz!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Divagações II...

Eu JURO que não começo a trabalhar às 8h e saio às 17h e vou para o ponto esperar pelo "Barbalho" por 10 minutos, num dia bom, ou 40, num dia normal (?); daí passo cerca de uma hora até chegar à faculdade, minhas aulas terminam às 22h, saio correndo para o Campo Grande, torço pra passar primeiro o "Pau da Lima", mas quem vem é o "Colina Azul". Faço uma viagem, desço "no Largo" e vou andando pra casa, onde chego às 23h, mais ou menos. Janto, tomo banho, brigo ou converso com minha filha (o que for necessário)e, finalmente, durmo. Desejo que no outro dia não tenha muito trabalho a fazer no escritório pra que dê tempo ler "aquele texto", fazer "aquela resenha", estudar "aquele assunto difícil", postar no blog, pesquisar assunto para produzir um artigo. É tudo uma escolha minha. Me realiza! Por tudo isso eu JURO que me formarei em Jornalismo mas não pra ser apresentadora de BBB nenhum.
"Viajei"...

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Ensaio sobre a surdez"

Hoje às 5:20 da manhã (!!!), acordo com a alta melodia de alguém cantando enquanto passava à minha porta. Depois, pego um ônibus munido de uma tal "Bus Tv" (quem inventou aquilo?) e por mais de uma hora, numa combinação de calor escaldante com o trânsito caótico desta cidade, num ato que considero covarde por não ter como sair,  vou ouvindo propagandas e "serviços de cidadania" impostos pela nova ferramenta da mídia. Como se não bastasse, a TV compete com as músicas em alto volume, provenientes dos celulares daqueles que impostamente "socializam" o seu, geralmente, duvidoso gosto musical com os demais passageiros.
Bem, a essa hora, com ônibus lotado, estamos livres dos escandalosos baleiros que interrompem "o silêncio da viagem de vocês" mas se desculpam por isso. Aff! Mas, não preciso ser Nostradamus pra saber que, ao longo do dia, vou cruzar com pelo menos, um deles.
Tem ainda aqueles que professam sua fé aos BERROS nos pontos de ônibus, isso quando não entram nos coletivos. Não podemos querer ir para o inferno (se é que já não estamos nele) ou há lugar nenhum. Somos obrigados a ouvir a Palavra de Deus, da qual se julgam  íntimos.
E assim, continua a saga de morar em Salvador. As fontes de barulho e desrespeito são intermináveis: Igrejas, carros (gritando publicidade ou pagode), buzinas, construções, protestos, etc.
Já ouví dizer que a Psicologia é a "profissão do futuro". Vejo algum fundamento nisso. Acrescentaria, talvez, a Otorrinolaringiologia. Com tantas perturbações auditivas da vida metropolitana, é possível que se torne vital!
Especialistas consideram que, a partir do nível de pressão sonora de 85 decibéis (dB)*,é  potencialmente danoso aos nossos ouvidos. E essa cota é infrigida diariamente. Pobres ouvidos! E olha que eu falo ALTO!


P.S  Sobre o Carnaval, não direi palavra. São só sete dias! Éramos felizes e não sabíamos...

*http://wikipedia.org/wiki/polui%C3%A7%C3%A3o_sonora

segunda-feira, 8 de março de 2010

Da relação alunos e professores

Eu tinha 9 anos. Estudava desde o Jardim de Infância numa pequena escola do bairro onde ainda moro. Minha mãe foi uma das fundadoras da escola e todos me conheciam. Aliás a mim, à minha mãe e a meu pai. E tinha aquilo de que professora é como segunda mãe, a própria família dava autoridade aos professores pra que pusessem de castigo, brigassem e até, literalmente, puxassem a orelha ou algo assim. Pois, aconteceu comigo...
 Converso muito até hoje! Na sala de aula, atrapalhava as aulas. Não lembro bem se por esse motivo, mas não esqueço que, quando eu era 4ª série,  "Pró Euzinha" depois de me chamar a atenção algumas vezes, se dirigiu até mim e me puxou pela orelha direita. Fiquei surpresa, magoada e de orelha ardendo. De repente, algo morno escorre por seus dedos. Era sangue. Havia um ferimento atrás da orelha (provavelmente de alguma traquinagem do fim de semana anterior). Nós duas percebemos e ficamos temerosas. Eu pela dor física, e ela por não acreditar que tinha sido tão violenta com aquela menina. Ví a aflição em seus olhos ao me perguntar se já não estava machucada antes. Neguei.
Pobre, Pró Euzinha! Nunca pensara em ferir aluno algum. Anos de profissão e jamais passara por algo parecido. Era agora toda preocupação e desculpas. Eu me sentia "vingada"(quando crianças diríamos:  "Descontei!"). Chamou meu pai, minha avó, contou tudo, pediu perdão. Soube por esta última, que a tal orelha já estava ferida sim, que quando ela  puxou, deve ter "tirado o cascão" e por isso sangrou.
No outro dia, ela estava aliviada! Me chamou de sapeca por tê-la deixado pensar que me machucara tanto. Não lembro o que respondí. O que tenho certeza é que essa zanga pouco durou em mim. Nos dias seguintes continuamos a amizade de sempre.
Pela professora que foi, minha Pró Euzinha nunca me saiu da memória. Não tive mais contato com ela. Só tenho certeza é da enorme angústia que sente ao ler os jornais e ver como alguns alunos costumam se vingar agora: ameaças, facas...

Divagações...

Tenho certa implicância com esse negócio de "dia de alguma coisa" (pais, mães, avós, médicos, etc). Não sei até onde isso é uma homenagem. Me parece mais uma espécie de "consolo", ou pior, comércio.
Aí dizem como hoje: "Mas todo dia é dia da mulher"
Curioso que só lembram disso na tal data.
Suspeito...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Distâncias

A proposta desse blog é publicar textos a respeito dos assuntos que tiveram maior relevância durante a semana. “Fuçando” a internet no intuito de me informar sobre os acontecimentos e buscar saber sobre o que escreveria, me deparei num site bastante acessado, com o que talvez seja pra uns uma nota insignificante: “Condomínio atrasado faz síndico descobrir francês morto há 3 anos” (a matéria é de Daniela Fernandes da BBC Brasil).
Digo que pode parecer insignificante por tratar-se de um caso acontecido em Paris. A chamada “Cidade Luz” é a capital mais visitada do mundo! Conhecê-la é a ambição de muitas pessoas. Museu do Louvre, Rio Sena, Torre Eiffel, Catedrais, obras de arte famosíssimas fazem parte do imaginário daqueles que ainda lá não foram e das doces lembranças dos que já tiveram essa honra.
Mas Paris, assim como outras grandes cidades do mundo guardam histórias sombrias como essa, de pessoas que se isolam ou pior, são isoladas pelo ritmo da vida moderna.
Com a intenção de cobrar a taxa do condomínio que estava atrasada há 3 anos, o síndico descobre o corpo de um dos seus moradores, em avançado estado de decomposição.Tinha perguntado por ele a vizinhos, parentes e foi informado que não o viam durante esse mesmo tempo. Acionou a polícia, que invadiu o apartamento, e se depararam com a cena funesta.
O que senti ao imaginá-la não foi nojo ou pena, e sim uma tristeza muito grande em pensar no rumo que a vida que escolhemos (?) está seguindo.
Não quero dizer que necessariamente todos morreremos esquecidos dentro de uma casa. Mas que a morte não precisa ser física.
São perceptíveis as mudanças que as relações humanas têm alcançado. A disputa por um emprego, a necessidade em mantê-lo, em especializar-se numa determinada profissão, a busca por uma melhor colocação no mercado (diante da grande concorrência), as infinidades de bens materiais que aprendemos a desejar, tudo isso tem contribuído para uma frieza no trato com as outras pessoas ou numa falta de tempo desmedida para cuidarmos das relações que construímos ao longo da vida. Tudo isso me apavora! Entendo, mas não compreendo.
Lembro de histórias que minhas avós contavam sobre a vizinhança do interior onde moravam. Era uma “extensão da família“, elas diziam. Quem são seus vizinhos? Você sabe? Existe acolhida entre vocês?
Tá, eu sei que “tudo muda” e isso pode ser uma coisa boa (e é), mas não é estranho que durante anos alguém mora num condomínio e não saiba quem mora no apartamento da frente, por exemplo? E quando desconfiamos do homem vestido com uma roupa de agente de saúde? Ah, mas aqueles três homens de mochila que entraram juntos no ônibus!? Óbvio que iriam me roubar...
Devaneios. Solidão.

Minha professora diria: “Girnil, isso é tema pra uma dissertação de Mestrado”. E eu responderia: “Isso é o nosso triste cotidiano, querida”.


Girnil, saudosista aos 32 anos de idade.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O "altruísmo" no Haiti

No dia 12 de Janeiro deste ano, o mundo voltou sua atenção para o Haiti. Esse país de aproximadamente 9 milhões de habitantes, sofreu um tremor de terra de magnitude sísmica de 7,0 na escala de Richter. Até hoje não se precisou o número de mortos, estima-se cerca de 200 mil.
Imagens da devastação foram largamente exploradas pelos meios de comunicação.
Em todo momento, surgiam na TV destroços de casas e prédios, pessoas soterradas, o desespero na busca por sobreviventes, resgates ao vivo. A desgraça local teve, por dias a fio, uma visibilidade mundial. De todos os lugares do globo começaram a chegar ajuda voluntária de exércitos e de médicos, mantimentos, água, remédio. Daí passamos a assistir a um outro espetáculo de horror: a disputa pela sobrevivência, agora estampada como luta corporal, filas quilométricas em busca de cestas básicas para alimentar famílias inteiras.
Do lado de cá, surgiram e espalharam-se campanhas de arrecadação de dinheiro e gêneros alimentícios para “as vítimas do Haiti”. Países desenvolvidos e em desenvolvimento mobilizaram-se para ajudar a reconstruir as cidades atingidas.
Também me comovi com cada cena que vi. Quem não o fez? Me senti um tanto cruel, quando me questionei até onde todas essas demonstrações de humanidade eram verdadeiras. Mas depois, me dei um desconto quando analisei o motivo dessa desconfiança:
O Haiti tem sua história marcada por sofrimentos (mas também superações e glórias). No fim do século XVI, teve grande parte da sua população escravizada ou morta, seu território já foi “cedido” à França pela Espanha. Hoje, 45,2% dos cidadãos haitianos são analfabetos, a expectativa de vida é de 60,9 anos, sua economia é primária e a renda per capita é “extremamente baixa”. Foi preciso um terremoto dessa proporção para sensibilizar o mundo? A comparação pode ser um tanto estúpida, mas é apenas uma provocação para pensarmos nas tragédias “não anunciadas” ou “não naturais”. Aquelas provocadas por ação humana (embora também tenhamos certa participação em terremotos, enchentes e afins). Todos os países que estão contribuindo para amenizar a miséria no Haiti, têm suas próprias mazelas e, nem sempre, as percebem ou tentam mudá-las.
Resolvi escrever sobre isso porque acho muito válida (e necessária) cada ação comunitária, mas, também acho estranhíssimo ignorar os marginalizados e excluídos na sua cidade e “dar de comer” a um necessitado do outro lado do continente.
O altruísmo (?) não vale pra todos?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O porquê

Este blog foi criado com o objetivo de apurar o exercício da escrita, arte que tanto me encanta e detêm. E como estudante de Jornalismo, pretendo neste semestre de 2010.1, expor aqui o andamento do meu aprendizado e as conquistas que forem construindo a profissional que almejo ser.




Girnil E. dos Santos, 31 anos, estudante do 4º semestre de Jornalismo da F2J