quarta-feira, 9 de novembro de 2011

USP

Brasil, País da inversões:  Estudantes da USP retirados pela Polícia Choque ("...polícia para quem precisa...);
Coronel responsável (?) pela "operação" diz que "...a operação foi bem pacífica” ("...pra fazer silêncio eu grito, pra fazer barulho eu mesmo faço...");
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declara que "alguns estudantes precisam ter aula de democracia...."("...eu não sei mentir direito não, eu não mentir direito...");
José Sarney, coronel do Maranhão e eterno parlamentar, afasta policial que imobilizou um aluno com arma paralisante;
Maluf tá solto;
De Renam Calheiros não se ouve mais falar... (isso pra citar apenas dois casos de repercussão internacional);
Tem algo invertido aí, tem não? Somos motivos de piada mundial
"No país do futebol, eu nunca joguei bem..." O Rappa - Imagem Google

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Prontos para a Copa





p.s  Tenho uma vaga impressão de que isso vai virar uma série...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Atesto que...

Semana passada escreví aqui um texto sobre a privatização dos cartórios baianos. Ontem me deparo com a notícia na TV sobre a privatização do Elevador Lacerda (mais os planos inclinados e estações da Lapa e Mussurunga). E mais uma vez a promessa - ou justificativa, como queiram chamar - é que esse "é um movimento imprescindível para tornar a qualidade do atendimento mais valiosa". Ou seja, o governador, e agora o prefeito assinaram um atestado confirmando a incompetência para administrarem o estado e a cidade. É isso?
Quer dizer, você faz campanha, promete "mundos e fundos" (como diria minha avó), o povo acredita e o elegem. Você não cumpre com o acordo e diante de alguma cobrança quanto a este não-cumprimento, você privatiza a SUA administração. Ah, entendí agora como funciona. Nunca tinha ficado tão claro. Ok. Ano que vem tem mais, viu? Mas enquanto isso, vamos deixar que isso aconteça?
"O chefe não somos nós"? No meu trabalho, seu eu não fizer o que esperam de mim ou algo que prejudique/lese os meus empregadores, sou demitida...

Dos anúncios

Anúncio colado no interior dô ônibus que faz a linha Colina Azul/T. da França Campo Grande:

"Não experimente nada de errado. A curiosidade leva ao vício, homossexualismo e a desgraça. No presídio você pode entrar homem e sair de lá mariquinha. PENSE."


Sem comentários!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Se ele não pode, quem pode então?

O governador Jaques Wagner aprovou o projeto de privatização dos cartórios baianos mesmo "sem querer/concordar". Se ele não pode impedir, quem pode?
Hoje (09/09/11), ouví na Rádio Metrópole a jornalista Camila Cintra dizer que não entende porque, segundo ela, - eu não tenho essa informação - a Bahia é o único estado do nordeste onde os cartórias AINDA não são privatizados. Já eu, não entendo porque a maioria acha/pensa/acredita que essa é a única forma deles prestarem um bom serviço (é muito mais rápido e conveniente vendê-los a "consertá-los).
Bem, cada um com sua dúvida e o país com cada vez menos bens coletivos...

Das advinhações

Advinhem qual será a matéria de capa dos jornais no domingo (e provavelmente na segunda também)?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"O crime..." o quê mesmo?

"Por 265 votos a 166, Câmara absolve deputada Jaqueline Roriz", o vídeo que mostra o flagrante dela recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa parece que não foi suficiente para a sua cassação, como solicitou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). 
Sobre isso tenho apenas duas perguntas a fazer:
1- Por que será que os outros 99 deputados não votaram a favor da cassação?
2- Como é mesmo aquela história? Ah, lembrei: "O crime compensa". Ops! Esquecí o "não".

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

De protesto e semelhanças

Dezenas de trabalhadores da construção civil estão reunidos na frente dos prédios próximo ao Salvador Shopping. Muitos deles lêm jornal para se informar sobre a "tragédia anunciada" ocorrida ontem com nove de seus colegas de trabalho.  Estão lendo para saber mais sobre esta especificamente, pois, todos eles, certamente têm consciência do risco que correm diariamente e aos quais a imprensa não dá a mínima atenção. Atentam somente quando se trata de um acontecimento trágico como esse, que ajuda a aumentar a venda de jornais de acordo com o nosso gosto por coisas mórbidas ou pela necessidade de informação (vai saber), ou para falar sobre o boom imobiliário em Salvador.  
Segundo consta, a "Construtora Segura" - que ironia - ainda não tinha se pronunciado a respeito do "acidente". Aspas? Sim, aspas. Ontem eu estava num ponto de ônibus quando o senhor comentou sobre o ocorrido e salientou que alguns operários daquela obra já tinham notificado quanto a problemas apresentados pelo elevador utilizado. Pensativo, refletia e questionava: "Tinha quatro irmãos trabalhando com o pai na obra e viram ele morrer. Já pensou se um deles se revolta e bate ou mata um engenheiro desses ou um chefe de segurança?"  ...  Não me atreví a dizer nada. Não acho que seria a solução mas também não julgaria nem o senhor que contava, nem os tais homens se agissem assim. 
Quanto à veracidade da história, desconheço e sei que meu papel como cidadã e futura jornalista é de investigar antes de publicar. No entanto, a intenção aqui não é promover vendas - de jornal, revista ou adquirir audiência -, por isso, considerei pertinente divulgá-la aqui no sentido de mostrar que a população está atenta aos seus direitos e, cansada, - acredito - começa a questionar cada vez mais as situações às quais está exposta, ainda que às vezes seja de forma instintiva.
Isso me faz pensar nas últimas manifestações em Londres. Em protesto pela morte de um taxista que foi atingido e morto por disparos de um policial - aqui chamamos de "bala perdida"- ao norte da cidade, algumas pessoas atearam fogo em prédios e saquearam lojas . Em todos os veículos nos quais lí a notícia, a referência aos manifestantes era como "vândalos", e aos atos, como "onda de violência". Novamente não acredito que esta seja a solução, a questão é a forma como se noticiam fatos como esse. Interessa a quem esse jeito de comunicar e "informar"? O discurso é feito por quem? Para quem? E para quê?
Fato é que na Europa as coisas são bem diferentes daqui. Já pensou se para cada pessoa morta em ações desastrosas - consequência de uma série de fatores, da culpa de categorias e órgãos diversos e da falta de políticas públicas de educação - aqui no Brasil, a população tivesse uma reação ao menos parecida com a dos ingleses? 
...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E eis que João Henrique "descobriu" o Pelourinho...

"Pelourinho deve ser recuperado em 60 dias" (matéria publicada ontem na Tribuna da Bahia). Ou seja, sete anos depois de administrar (?) a cidade, o prefeito tropeçou e notou o Pelourinho...
No words!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

"À Tv brasileira, que se tornou uma perfumaria."

Xanéu nº 5 - O Teatro Mágico

Composição: Fernando Anitelli


A minha tv não se conteve

Atrevida passou a ter vida

Olhando pra mim.

Assistindo a todos os meus segredos,

minhas parcerias, dúvidas, medos,

Minha tv não obedece.

Não quer mais passar novela, sonha um dia em ser janela e não quer mais ficar no ar. Não quer papo com a antena nem saber se vale a pena ver de novo tudo que já vi.

Vi.

A minha TV não se esquece nem do preço nem da prece que faço pra mesma funcionar. Me disse que se rende a internet em suma não se submete a nada pra me informar.

Não quis mais saber de festa não pensou em ser honesta funcionando quando precisei. A notícia que esperava consegui na madrugada num site, flick, blog, fotolog que acessei.

A minha TV tá louca, me mandou calar a boca e não tirar a bunda do sofá. Mas eu sou facinho de marré-de-sí, se a maré subir eu vou me levantar. Não quero saber se é a cabo nem se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi,

triste o fim do seriado, um bocado magoado sem saber o que será de mim.

Ela não SAP quem eu sou,

Ela não fala a minha língua.

(x4) (She doesn't speak my tongue)
 
Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?


Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.

Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz. A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio. Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia. O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa. A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento, na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.

Num passado remoto perdi meu controle...

Num passado remoto perdi meu controle...

Num passado remoto...

Era vida em preto e branco, quase nunca colorida reprisando coisas que não fiz, finalmente se acabando feito longa, feito curta que termina com final feliz..

Ela não SAP quem eu sou,

Ela não fala a minha língua.

Ela não SAP quem eu sou,

(Sabe nada...)

Ela não fala a minha língua.

Ela não SAP quem eu sou,

Ela não fala a minha língua.

(Quem te viu, pay-per-view.)

Ela não SAP quem eu sou,

Ela não fala a minha língua.

Eu não sei se pay-per-view ou se quem viu tudo fui eu.

(x2)
Imagem: Internet

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uso da imprensa

Acabo de ler a matéria de capa do Correio da Bahia de hoje: "Agentes apontam os bairros mais perigosos" (pags. 26 e 27). O primeiro pensamento de qualquer mortal preocupado com a crescente violência da sua cidade é saber se o bairro onde mora está na "fatídica lista". O meu não estava. Alívio? Não. Um outro bem próximo, está. Alívio? Não. Você começa pensando em você, na sua família, amigos e, em algum momento, você pensa na coletividade. Não entendo como seja possível pensar de outro jeito.
Bem, apesar do desabafo inicial, esse não é o motivo que me levou a escrever esse texto. A razão é o "uso da imprensa".
Na matéria, o jornalista foca o risco que os trabalhadores - que precisam ir de casa em casa para executarem suas atividades - correm porque traficantes dos tais bairros, os confundem com "olheiros" da polícia.
O que não foi mencionado em momento algum pelo futuro colega, é que nesses ou em qualquer outro bairro desta cidade e estado mal administrados, a maioria dos moradores são pessoas honestas e trabalhadoras. E que, além de sofrerem com a violência física à porta de suas casas, estão sujeitos a manterem, perderem ou não conseguirem empregos de acordo a avaliação que os empregadores fizerem do seu perfil pelo fato de habitarem nesta ou naquela localidade. 
Então vem a imprensa e fortalece esse discurso discriminativo estampado numa capa de jornal e dentro uma lista com os nomes dos bairros sob o título de "mais perigosos". Qual era a intenção mesmo? "Ajudar" um determinado número de trabalhadores que se manifestaram as ameaças e agressões?! Tudo bem. E aos outros todos, ignora-se? 
Penso que melhor caberia perguntar: Por que a situação chegou a esse ponto? Os moradores todos são traficantes ou marginais? Quem são as vítimas? Moram ali por escolha própria? Qual o papel e bom uso da imprensa?



 
P.S   Quem dera fosse apenas essa matéria. Mas infelizmente esse é apenas MAIS UM exemplo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Obviedades

"Subir pra cima", "Descer pra baixo", "Mãe chata", "Bahia doente" e "Salvador sem prefeito" são amostras puras de expressões redundantes. Evitemos pois...

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Pra não dizer que não falei de flores..." IV

Até quando terás,
minha alma,
esta doçura

Cecília Meireles


Até quando terás, minha alma, esta doçura,

este dom de sofrer, este poder de amar,

a força de estar sempre – insegura – segura

como a flecha que segue a trajetória obscura,

fiel ao seu movimento, exata em seu lugar...?


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Melhores Poemas, Global Editora, 1984 - S.Paulo, Brasil
 

Mulheres que amo: http://zezepina.utopia.com.br/poesia/indice_geral.html

sexta-feira, 1 de abril de 2011

"Primeiro de Abril"

O metrô de Salvador começará a funcionar dia 05/04/2011.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Quem sabe, sabe

Gerônimo.

http://www.youtube.com/watch?v=gnrHldhfUxE

Feliz aniversário, Salvador! *

Av. Pinto de Aguiar



Fim de linha de Pau da Lima


sexta-feira, 25 de março de 2011

Ops!

E não se fala mais das tragédias no Haiti ou Região Serrana do Rio; dos assassinatos de Isabela Nardoni, Elisa Samúndio ou Neilton (e tantos outros)...ô imprensa "IN": INsaciável e INcompleta, aff!! 
Internet
A mídia não fala, a gente não vê ou não sabe...

sexta-feira, 18 de março de 2011

"Pra não dizer que não falei de flores..." III


imagem internet

Da série "Pra não dizer que não falei de flores...", segue o link do texto: "DIA INTERNACIONAL DA MULHER - A dura vida das jornalistas brasileiras" de Leonardo Sakamoto. Nem tudo é espinho nessa floresta urbana selvagem.
Boa leitura!

P.S Contribuição louvável de Jorge Lisboa - Professor e Sociólogo.
Obrigada, querido!

Edição 632 de 8/3/2011 - http://www.observatoriodaimprensa.com.br/


terça-feira, 15 de março de 2011

Repetições

Imagem internet
Todo ano ouço e leio:"Parabéns, mulher!" "Todo dia é dia da mulher!"...Isso em publicidade funciona que é uma beleza!!
Todo dia também ouço e leio nos jornais - e é bom lembrar que poucas são publicadas -, casos de vítimas do sexo feminino violentadas de forma física e/ou moral. Acabo de dar uma olhada nos sites dos principais jornais baianos e estão estampados* lá mais quatro deles (em dois, trata-se de menores de idade, 13 e 17 anos).
Todo dia é dia de que mesmo?...




*http://www.atarde.com.br/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Rejeitado (de novo)

Salvador: Cidade sem prefeito. Prefeito sem partido!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Polícia para quem precisa...

Diante do crescimento da violência no Brasil, na Bahia e em Salvador, além de acompanharmos na mídia - e fora dela, afinal pouco é divulgado (e agora no carnaval a divulgação será ainda menor, insegurança não atrai turistas, nem vende abadás) - os crimes cada dia mais chocantes envolvendo pessoas inocentes, ainda lidamos com a corrupção de muitos policiais. Resultado: Impunidade e uma população que não crê naqueles que deviam o proteger. 
Há muito para ser revisto. Acredito na obviedade do acesso para todos - de forma igualitária de oportunidades -  à educação como prevenção à violência e resgate dos valores morais que se perdem com desculpas esfarrapadas de baixo salários e péssimas condições de trabalho. Isto é uma realidade dos policias, mas não justifica a falta de um posicionamento honesto; tanto que o conflito relatado na matéria* foi acionado por comprometimento social de um e falta deste em outro. Casos como esse fortalece a imagem de um país de corruptos como se isto abrangesse todo um povo ou corporação.
Lamentável!


* http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5693375

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Inversão

Ontem à noite moradores da cidade de Valença, depredaram a Câmara Municipal da cidade em protesto a falta de segurança no local. Informaram que o corpo de um jovem assassinado após reagir a uma assalto em sua residência, ficou sem ser periciado durante 48h por falta de médico legista, e que a cada dia sentem-se inseguros em andar nas ruas (diga-se de passagem, é sabido de todos, a ideia de paz e tranquilidade que tínhamos dos "interiores"; violência é um traço "urbano").
A matéria foi vinculada no "Jornal do Meio Dia" da TV Bahia agora há pouco. O "detalhe" é a forma como o jornal se referiu aos manifestantes. O tempo todo falavam da "violência" dos manifestantes, do fato de agora (hoje) está "tudo tranquilo" depois de uma noite horror, que policiais militares tinham tinham sido chamados e conseguiram resolver o conflito...Quer dizer, o fato de pessoas estarem sendo assaltadas e mortas está em segundo plano, o PROBLEMA mesmo é quando a população destrói e saqueia lojas e um órgão público e ameça a integridade física do prefeito (que foi orientado pela Polícia Civil a deixar a cidade)!? Ignorância à parte - já que o responsável pela segurança pública é o Governo do Estado -, as pessoas que correm risco de morte, necessitam de uma solução, não importa de onde venham.
!? Não acho que uma atitude justifique a outra. Mas que explica, cá pra nós, explica. 
Publicou-se uma matéria no Correio 24h (também filiado à Rede Bahia) de hoje, a seguinte matéria: "Salvador: 4º lugar em homicídios no ranking nacional" (http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/salvador-4o-lugar-em-homicidios-no-ranking-nacional/). Ou seja, o problema não é uma particularidade nem de Valença, muito menos de Salvador. Agora imaginemos que toda a população baiana tivesse a mesma coragem, revolta, insanidade e desequilíbrio desesperador que os valencianos tiveram, como estaríamos? No mais completo CAOS. Porque, por enquanto, vivemos um "caos velado"!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Bahia de todos os santos"

Ontem estive presente num culto ecumênico no qual se celebrava o 15º aniversário de determinado projeto espírita. Eu que não sou "dada" a religião, hoje entendo sua função social. 
Compunham a mesa José Medrado (espírita), Amauri Munguba (evangélico), Yalorixá Jaciara Ribeiro dos Santos (candomblecista),  Pe. Alfredo (católico), Rabino Ariel Oliszewski (judaísta) e Almiro Sena (secretário da dos direitos humanos do estado).
O discurso comum a todos era pela integração da sociedade independente da crença que tenha. Almiro Sena propôs que fosse organizado um seminário no sentido de discutir a intolerância religiosa. A ideia foi aceita por unanimidade e eu só pensava na tristeza de ainda precisarmos de tais tipos de evento. De qualquer forma, se precisamos, que se faça. E como disse Medrado ao final do culto: "Que esta união não dure apenas duas horas".

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tem mais no MAM

Programação- MAM/BA




Os cursos regulares das OFICINAS DO MAM-BA já estão com inscrições abertas. Sob a coordenação do Núcleo de Arte Educação do museu, estão sendo oferecidos cursos de Expressão Gráfica – Xilogravura; Expressão gráfica – Litogravura; Expressão Gráfica – Gravura em Metal; Processo Tridimensional em Cerâmica; e Processo de Criação e Expressão Plástica Bidimensional. As aulas acontecem no Galpão das Oficinas do MAM e têm início no dia 14 de março, seguindo até 06 de junho.



Mesmo trabalhando com linguagens artísticas distintas, os cursos são destinados ao público geral e têm como objetivo facilitar o acesso à prática artística, dentro de uma dimensão cultural contemporânea.



Os cursos são integralmente gratuitos e os interessados têm até o dia 28 de fevereiro para realizar sua inscrição. Mais informações através do telefone 71 3117 6141 ou 71 3117 6143.

http://www.ipac.ba.gov.br/site/conteudo/publicidade/index.php?codPublicidade=1143

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Importante

Repassando ...

Caros amigos,

Acabamos de saber que foi protocolada e registrada, no Supremo Tribunal Federal, a Ação de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 11) proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicação e Publicidade - CONTCOP.

O Objetivo dessa ADO é chamar a atenção da sociedade civil e dos órgãos do Estado para o fato de que, 22 anos após a promulgação da Constituição vigente, alguns dispositivos constitucionais - no caso, referentes aos meios de comunicação de massa, imprensa, rádio e televisão - ainda carecem de regulação por lei.Três pontos são especialmente relevantes :

1- a garantia do direito de resposta a qualquer pessoa ofendida através dos mcm;

2- a proibição do monopólio e do oligopólio no setor;

3- o cumprimento, pelas emissoras de rádio e tv, da obrigação constitucional de dar preferência a programação de conteúdo informativo, educativo e artístico, além de priorizar finalidades culturais nacionais e regionais.

Como é evidente que tais propostas não interessam aos proprietários dos mcm, a divulgação dessa notícia e o consequente acompanhamento do processo ficam na dependência das campanhas das centrais sindicais, de grupos de pressão sobre o Congresso Nacional e ,sobretudo, da divulgação nos sites e nos blogs comprometidos com as práticas democráticas.

grande abraço,

Fabio Konder Comparato

Maria Victoria de Mesquita Benevides


By Augusto Sá

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O que é ser repórter?

Em casa assistindo o jornal da Record. A matéria? A tragédia no Rio de Janeiro. Mais especificamente as crianças que ficaram órfãs por conta da tragégia. A repórter - vou ficar devendo o nome da bendita criatura, o fato me chocou tanto que me bloqueou - se aproxima de uma menina de quatro anos e pergunta a ela pela mãe e depois, ainda para a menina: E agora?
...
Sem comentários ( os adjetivos que me vieram à mente sobre ela são impublicáveis)!

Do que dá para prevenir

O mundo inteiro está voltado para a tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro. Agora o interior de São Paulo se mostra apavorado diante do risco da história se repetir por lá - ainda que em menor proporção. 
Sem intenção alguma de gerar pânico, pergunto-me se o prefeito João Henrique está pensando na possibilidade de começar um trabalho de prevenção em Salvador. Particularmente duvido muito (espero MESMO, estar errada)! Afinal de contas, é verão! Salvador fervilha com o turismo e a consequência disso é "maquiar" os pontos turísticos.
Tento imaginar o que se passa na cabeça de certos governantes. Será que algo como: "Nas encostas, ribanceiras, córregos, chuva, buracos, pensa-se depois. Quando estiver mais perto! Estamos em Janeiro ainda, não me venham com essa conversa de inverno. Vamos à praia. Ficam sofrendo antecipado. "Basta a cada dia o seu mal"".
A prefeitura de Salvador foi uma das capitais que teve problemas com a prestação de contas ao governo federal. Portanto, se tiverem que - que alguém nos livre disso, ainda que seja São Pedro - recorrer ao "estado maior", para consertar os prováveis prejuízos, a dívida vai aumentar.
O Banco Mundial vai liberar o valor de US$ 485 milhões ( http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/01/20/apos-nove-dias-do-desastre-no-rio-numero-de-mortos-pode-aumentar.jhtm) para reconstruir as cidades do Rio. Ou seja, paga-se muito pra remediar o que não foi "prevenido" - salientando que estes são "apenas" os danos materias, as vidas estão extintas para sempre - essa máxima vale para todo e cada lugar desse país governado por amor ao dinheiro e só! 
Ainda dá tempo, viu João?!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Estava no segundo semestre na Faculdade e uma das disciplinas que compunha a grade era Antropologia. Por pura ignorância, do que ouvia falar, me parecia algo tão distante que me questionava sobre o conteúdo a ser trabalhado.

No primeiro dia de aula, todos aguardavam o professor, ainda desconhecido por nós, e eis que entra na sala um senhor baixinho, de pele clara, magrinho, de fala mansa e aparência frágil (ainda não sabia que era um gigante!). Se apresentou como Sebastião Héber. O silêncio tomava conta da sala. Perguntou o nome de cada um dos alunos e explanou sobre a disciplina que coordenaria – sempre frisava que o aprendizado é recíproco e que todo mundo tem algo a ensinar. Nascia minha simpatia, depois admiração por ele.

Este dia é absolutamente nítido na minha mente! Contou-nos um resumo da sua vida, sua origem e formação, que era extensa! Títulos e publicações reconhecidas por instituições e pessoas “nomeadas”. Ainda assim, contava de forma humilde e, talvez com receio de ser mal interpretado, pontuou que relatava aquilo pra que nos incentivar a continuar estudando. “Estão no segundo semestre e chegar ao doutorado parece longe e difícil demais, mas não é. Eu nunca parei de estudar e ainda vou fazer o pós-doutorado. Estudar é um processo contínuo, não da vontade de parar.”

Foi o que mais me surpreendeu! Um homem daquela idade e falava de estudar com uma empolgação de quem acaba de entrar na graduação. Contei isso para minha filha e todos os meus amigos. Era contagiante demais! Sempre quis entrar na faculdade e achava tão distante de mim, sabia as dificuldades que teria ao longo do curso... Definitivamente era uma lição!

Sempre fui expansiva e raramente uma apresentação a determinados públicos me deixam aflita. Na segunda unidade, quando teríamos me apresentar um seminário, me empenhei o máximo: Pesquisei e estudei o assunto com afinco! Nenhum receio de ter nota baixa, perder na matéria ou nada trivial assim. Queria é que ele visse o resultado do seu trabalho. Queria fazer jus ao seu exemplo. Estava completamente nervosa!

Eu e os colegas arrumávamos a sala para o trabalho e como precisávamos escrever algumas coisas no quadro, fui buscar um piloto na coordenação. Matheus tinha me acalmado, mas encontrei Sebastião e ele, sabendo que era o dia da minha equipe se apresentar, disse que então tinha certeza que veria uma boa apresentação! O nervoso voltou! Como não? Era pra ele assistir...

Semestres passaram e os encontros com ele eram sempre carinhosos. Nos tratávamos como: “Meu professor querido” e “Minha querida” entre abraços afetuosos.

Ele se foi, mas as lições ficarão. O exemplo do respeito à diversidade, o reconhecimento e propagação de que a origem dos conhecimentos está na mais humilde das pessoas.

Me dá um certo consolo, saber que sempre o admirei, que tive chance de dizê-lo e disse.

Tem gente que passa e gente que FICA! Você continua aqui, meu professor querido!!!