quarta-feira, 31 de março de 2010

Divagações III

Lançamento do Programa de Ronda nos Bairros, entrega de viaturas e armas à PM, inauguração de praças e coberturas de canais, etc.
É só coincidência ser ano eleitoral, né? Sabia que eu estava com mania de perseguição...
Mas o país tem saída sim. Ontem, por exemplo,  elegemos o nosso "Grande Guerreiro" (expressão usada hoje pela Tribuna da Bahia), Marcelo Dourado ganhou o BBB 10.
Agora posso dormir em paz!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Divagações II...

Eu JURO que não começo a trabalhar às 8h e saio às 17h e vou para o ponto esperar pelo "Barbalho" por 10 minutos, num dia bom, ou 40, num dia normal (?); daí passo cerca de uma hora até chegar à faculdade, minhas aulas terminam às 22h, saio correndo para o Campo Grande, torço pra passar primeiro o "Pau da Lima", mas quem vem é o "Colina Azul". Faço uma viagem, desço "no Largo" e vou andando pra casa, onde chego às 23h, mais ou menos. Janto, tomo banho, brigo ou converso com minha filha (o que for necessário)e, finalmente, durmo. Desejo que no outro dia não tenha muito trabalho a fazer no escritório pra que dê tempo ler "aquele texto", fazer "aquela resenha", estudar "aquele assunto difícil", postar no blog, pesquisar assunto para produzir um artigo. É tudo uma escolha minha. Me realiza! Por tudo isso eu JURO que me formarei em Jornalismo mas não pra ser apresentadora de BBB nenhum.
"Viajei"...

sexta-feira, 19 de março de 2010

"Ensaio sobre a surdez"

Hoje às 5:20 da manhã (!!!), acordo com a alta melodia de alguém cantando enquanto passava à minha porta. Depois, pego um ônibus munido de uma tal "Bus Tv" (quem inventou aquilo?) e por mais de uma hora, numa combinação de calor escaldante com o trânsito caótico desta cidade, num ato que considero covarde por não ter como sair,  vou ouvindo propagandas e "serviços de cidadania" impostos pela nova ferramenta da mídia. Como se não bastasse, a TV compete com as músicas em alto volume, provenientes dos celulares daqueles que impostamente "socializam" o seu, geralmente, duvidoso gosto musical com os demais passageiros.
Bem, a essa hora, com ônibus lotado, estamos livres dos escandalosos baleiros que interrompem "o silêncio da viagem de vocês" mas se desculpam por isso. Aff! Mas, não preciso ser Nostradamus pra saber que, ao longo do dia, vou cruzar com pelo menos, um deles.
Tem ainda aqueles que professam sua fé aos BERROS nos pontos de ônibus, isso quando não entram nos coletivos. Não podemos querer ir para o inferno (se é que já não estamos nele) ou há lugar nenhum. Somos obrigados a ouvir a Palavra de Deus, da qual se julgam  íntimos.
E assim, continua a saga de morar em Salvador. As fontes de barulho e desrespeito são intermináveis: Igrejas, carros (gritando publicidade ou pagode), buzinas, construções, protestos, etc.
Já ouví dizer que a Psicologia é a "profissão do futuro". Vejo algum fundamento nisso. Acrescentaria, talvez, a Otorrinolaringiologia. Com tantas perturbações auditivas da vida metropolitana, é possível que se torne vital!
Especialistas consideram que, a partir do nível de pressão sonora de 85 decibéis (dB)*,é  potencialmente danoso aos nossos ouvidos. E essa cota é infrigida diariamente. Pobres ouvidos! E olha que eu falo ALTO!


P.S  Sobre o Carnaval, não direi palavra. São só sete dias! Éramos felizes e não sabíamos...

*http://wikipedia.org/wiki/polui%C3%A7%C3%A3o_sonora

segunda-feira, 8 de março de 2010

Da relação alunos e professores

Eu tinha 9 anos. Estudava desde o Jardim de Infância numa pequena escola do bairro onde ainda moro. Minha mãe foi uma das fundadoras da escola e todos me conheciam. Aliás a mim, à minha mãe e a meu pai. E tinha aquilo de que professora é como segunda mãe, a própria família dava autoridade aos professores pra que pusessem de castigo, brigassem e até, literalmente, puxassem a orelha ou algo assim. Pois, aconteceu comigo...
 Converso muito até hoje! Na sala de aula, atrapalhava as aulas. Não lembro bem se por esse motivo, mas não esqueço que, quando eu era 4ª série,  "Pró Euzinha" depois de me chamar a atenção algumas vezes, se dirigiu até mim e me puxou pela orelha direita. Fiquei surpresa, magoada e de orelha ardendo. De repente, algo morno escorre por seus dedos. Era sangue. Havia um ferimento atrás da orelha (provavelmente de alguma traquinagem do fim de semana anterior). Nós duas percebemos e ficamos temerosas. Eu pela dor física, e ela por não acreditar que tinha sido tão violenta com aquela menina. Ví a aflição em seus olhos ao me perguntar se já não estava machucada antes. Neguei.
Pobre, Pró Euzinha! Nunca pensara em ferir aluno algum. Anos de profissão e jamais passara por algo parecido. Era agora toda preocupação e desculpas. Eu me sentia "vingada"(quando crianças diríamos:  "Descontei!"). Chamou meu pai, minha avó, contou tudo, pediu perdão. Soube por esta última, que a tal orelha já estava ferida sim, que quando ela  puxou, deve ter "tirado o cascão" e por isso sangrou.
No outro dia, ela estava aliviada! Me chamou de sapeca por tê-la deixado pensar que me machucara tanto. Não lembro o que respondí. O que tenho certeza é que essa zanga pouco durou em mim. Nos dias seguintes continuamos a amizade de sempre.
Pela professora que foi, minha Pró Euzinha nunca me saiu da memória. Não tive mais contato com ela. Só tenho certeza é da enorme angústia que sente ao ler os jornais e ver como alguns alunos costumam se vingar agora: ameaças, facas...

Divagações...

Tenho certa implicância com esse negócio de "dia de alguma coisa" (pais, mães, avós, médicos, etc). Não sei até onde isso é uma homenagem. Me parece mais uma espécie de "consolo", ou pior, comércio.
Aí dizem como hoje: "Mas todo dia é dia da mulher"
Curioso que só lembram disso na tal data.
Suspeito...