quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"O crime..." o quê mesmo?

"Por 265 votos a 166, Câmara absolve deputada Jaqueline Roriz", o vídeo que mostra o flagrante dela recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa parece que não foi suficiente para a sua cassação, como solicitou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). 
Sobre isso tenho apenas duas perguntas a fazer:
1- Por que será que os outros 99 deputados não votaram a favor da cassação?
2- Como é mesmo aquela história? Ah, lembrei: "O crime compensa". Ops! Esquecí o "não".

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

De protesto e semelhanças

Dezenas de trabalhadores da construção civil estão reunidos na frente dos prédios próximo ao Salvador Shopping. Muitos deles lêm jornal para se informar sobre a "tragédia anunciada" ocorrida ontem com nove de seus colegas de trabalho.  Estão lendo para saber mais sobre esta especificamente, pois, todos eles, certamente têm consciência do risco que correm diariamente e aos quais a imprensa não dá a mínima atenção. Atentam somente quando se trata de um acontecimento trágico como esse, que ajuda a aumentar a venda de jornais de acordo com o nosso gosto por coisas mórbidas ou pela necessidade de informação (vai saber), ou para falar sobre o boom imobiliário em Salvador.  
Segundo consta, a "Construtora Segura" - que ironia - ainda não tinha se pronunciado a respeito do "acidente". Aspas? Sim, aspas. Ontem eu estava num ponto de ônibus quando o senhor comentou sobre o ocorrido e salientou que alguns operários daquela obra já tinham notificado quanto a problemas apresentados pelo elevador utilizado. Pensativo, refletia e questionava: "Tinha quatro irmãos trabalhando com o pai na obra e viram ele morrer. Já pensou se um deles se revolta e bate ou mata um engenheiro desses ou um chefe de segurança?"  ...  Não me atreví a dizer nada. Não acho que seria a solução mas também não julgaria nem o senhor que contava, nem os tais homens se agissem assim. 
Quanto à veracidade da história, desconheço e sei que meu papel como cidadã e futura jornalista é de investigar antes de publicar. No entanto, a intenção aqui não é promover vendas - de jornal, revista ou adquirir audiência -, por isso, considerei pertinente divulgá-la aqui no sentido de mostrar que a população está atenta aos seus direitos e, cansada, - acredito - começa a questionar cada vez mais as situações às quais está exposta, ainda que às vezes seja de forma instintiva.
Isso me faz pensar nas últimas manifestações em Londres. Em protesto pela morte de um taxista que foi atingido e morto por disparos de um policial - aqui chamamos de "bala perdida"- ao norte da cidade, algumas pessoas atearam fogo em prédios e saquearam lojas . Em todos os veículos nos quais lí a notícia, a referência aos manifestantes era como "vândalos", e aos atos, como "onda de violência". Novamente não acredito que esta seja a solução, a questão é a forma como se noticiam fatos como esse. Interessa a quem esse jeito de comunicar e "informar"? O discurso é feito por quem? Para quem? E para quê?
Fato é que na Europa as coisas são bem diferentes daqui. Já pensou se para cada pessoa morta em ações desastrosas - consequência de uma série de fatores, da culpa de categorias e órgãos diversos e da falta de políticas públicas de educação - aqui no Brasil, a população tivesse uma reação ao menos parecida com a dos ingleses? 
...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

E eis que João Henrique "descobriu" o Pelourinho...

"Pelourinho deve ser recuperado em 60 dias" (matéria publicada ontem na Tribuna da Bahia). Ou seja, sete anos depois de administrar (?) a cidade, o prefeito tropeçou e notou o Pelourinho...
No words!