segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"Pra não dizer que não falei de flores..." II

Para a continuação das "boas novas", estou aqui para apresentar aos possíveis leitores deste blog, a chance de SER MAIS! Isso parece ser absolutamente pretensioso de minha parte mas não é.
Há meses ouví falar sobre o Grupo de Voluntários e Ledores para Cegos, que funciona no setor de Braile da Biblioteca Pública Central dos Barris e tem como presidente Antônio dos Santos Andrade, que explica qual é o objetivo do Grupo:
"Em sua origem, o Grupo tinha como objetivo, dar  aos cegos o acesso à leitura. Isso continua, mas é mais específico quando busca dar suporte para que o cego ingresse ou continue no ensino superior. O governo tem programa e distribue livros didáticos para aqueles que estão no ensino fundamental e médio, mas para aqueles que desejam continuar os estudos, não há apoio. Seria inviável (custo, transporte, manuseio, velocidade e quantidade de informações, etc) a cópia de todos os livros necessários ao estudante de nível superior para o Braile, então esse é o nosso público-alvo. Mas isso não exclue, de jeito nenhum, os estudantes de outros níveis de escolaridade".
Eu digo: É um trabalho nobre e aceitam-se voluntários!!
Para saber e ser mais, enviem e-mail para gvclc@yahoo.com.br .                   

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O saldo é de 349 barracas de praia demolidas na orla de Salvador. E esse número vai aumentar. Aquelas localizadas em Lauro de Freitas ainda não foram derrubadas.
Agora "sugerem" que os TRABALHADORES, que acabam de engrossar a estatística de desempregados na Bahia, recebam uma bolsa  enquanto não se resolve qual será o final dessa verdadeira novela mexicana. Sim, porque drama é o que não falta nessa história: Houve chôro, incêndio, pai sentado com filho no colo acorrentado à barraca...o que não houve foi solução. O que será dessas pessoas agora? Dizem que não adianta "chorar o leite derramado" mas como outros tantos litros serão derramados com certeza, cabe perguntar: Pra quê servem mesmo os programas de governo? Só agora perceberam isso? E o planejamento que deveria anteceder toda a decisão das derrubadas? Por que não houve um remanejamento? Conversa?   
As justifcativas são as mais diversas: a falta de higiene e a enorme desordem (entre outras) imperavam na orla. Não estou aqui julgando se as barracas deveriam ou não continuar onde/como estavam, mas a forma como o processo se deu, como as pessoas foram tratadas e o que há de ser delas de agora em diante. Havia ali investimentos em dinheiro e em projeto de vida.
O que fica é um entulho de sensação de impotência, madeira, covardia, palha de coqueiro, imposição, telhas e a democracia aos escombros.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aparições

No Natal, Papai Noel me deu um presente. Mês passado um Duende puxou meu lençol. Hoje cedo ví o Metrô de Salvador...Deus é mais!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filha, não leia

Com tantas "mulheres-fruta", jogadores de futebol sem instrução, políticos corruptos e ex-BBBs ganhando "dinheiro a rodo" (como se diz) os meus argumentos de "estudar pra ser alguém na vida", de que é mais digno obter as coisas por seus esforços e não pelos dotes físicos, e, principalmente, que é mais importante "ser" do que "ter" estão cada dia menos convincentes pra uma criança de doze anos que vê a mãe sair de casa antes das 7h e voltar às 23h e não ter tempo de ensinar o dever, não ter grana pra essa ou aquela diversão.
Não estou me queixando da minha vida. Eu optei pelo que faço e estou feliz com as minhas escolhas. Respondo e arco com todas as consequências de cada uma delas. 
O que faço aqui é uma constatação. Que, infelizmente, sou apenas mais um exemplo de que as oportunidades não são as mesmas coisa nenhuma (isso é apenas um texto na Constituição e nos Direitos Humanos) e que os valores estão esquecidos ou muito deturpados...
Não leia esse texto não, filha. Pegue um livro. Eu ainda acredito!


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Tragédia anunciada"

Após um mês onde uma pessoa morreu vítima de desabamento, outro imóvel no Comércio desaba e dessa vez o número de vítima aumenta para quatro pessoas. Quantas precisarão morrer pra que se tome alguma providência? O Iphan (Insituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) vai desabrigar 111 imóveis naquela área. Para onde serão "levados" aqueles que lá residem? Por que esperaram que houvesse mortes pra fazer alguma coisa?
Não sou boa em matemática, mas me perguntem uma raiz quadrada de um número com sete dígitos, que eu respondo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Amei a repaginação do meu blog!!! Está mais parecido comigo. Um saudosismo bom de máquina de escrever, lápis, papel e borracha...Contradições de uma futura Jornalista.
"Quem tem amigos tem tudo!" Quem tem Dinho tem blog novo! Rsrsrsrs.
Obrigada, querido!

Que sorte!

Muros pintados, faixas, outdoors,"santinhos "(que em sua maioria serão jogados no chão), pessoas (geralmente desempregadas) segurando bandeiras, carros tocando jingles(em alturas inconvinientes)...uma infinidade de ferramentas publicitárias são exploradas durante as campanhas eleitorais.
Sorte dos políticos que nós não temos a sensatez de votar naqueles que não sujarem/poluirem a cidade. Já pensou se assim fosse? Imagino a manchete dos jornais:
"Candidatos aos mais diversos cargos públicos não obtêm um voto sequer"
Que sorte!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Pra não dizer que não falei de flores..."

Percebí que praticamente todos os textos escritos aqui são sobre notícias ruíns. Isso é um péssimo sinal. Ou o que é bom não vira notícia ou ando com a percepção voltada somente para o que não agrada (pelo menos pra escrever sobre).
Não tô estudando pra continuar alimentando a impressa e o público com tragédias nem desenganos. Desassossegar não é algo necessariamante ruím.
 Para corrigir esse erro, hoje inauguro a sessão "Pra não dizer que não falei de flores..."(que é uma frase da música de Geraldo Vandré na qual ele busca incentivar a luta por mudanças).
E pra começar, acabo de ler no site do Ibahia: " Doações de órgãos têm recorde no semestre". Segundo o Ministério da Saúde, a doação de órgãos atingiu uma taxa histórica já no primeiro semestre de 2010 (e ainda falta mais um, oba!!). Essa notícia me atinge pessoalmente. Uma grande amiga está na fila para receber um rim. Acompanho de perto sua luta, ânimo, esperança e otimismo. Tá dando certo, Adri!
Há um cheiro delicioso de conscientização no ar.
"Nós podemos muito, nós podemos mais. Vamos lá pra ver o que será..."


Na íntegra:

http://ibahia.globo.com/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=231820&id_secao=29


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cidadania I

Sexta-feira, 30/07/10, cheguei ao Bradesco (agência Salvador Trade Center) às 15:40 e saí às 17:30. Quem aí já passou por isso levante a mão? Nossa! Daqui mesmo posso ver a quantidade de mãos abanando.
Brincadeiras à parte, gostaria muito de saber dos banqueiros por que o tempo deles é mais importante que o nosso. Essa é a impressão que tenho. Temos hora pra entrar no banco (experimenta chegar lá às 16:10 e pede "por favor" que te deixem entrar) mas pra sair "são outros quinhentos".
E por falar em "quinhentos", o Bradesco foi um dos bancos que mais lucrou em 2009, e a custa de quem mesmo? 
Bem, hoje fui novamente àquele ambiente convidativo e quando eu já estava na fila a TRINTA (a Lei diz que são QUINZE, lembram?) minutos, dois fiscais da prefeitura apareceram. Um "resmungão solitário" teve voz e passou a encorajar as pessoas a exigir e entregar a fichinha de controle do tempo na fila a quem de direito. Saí logo, mas ví que alguns aderiram ao pequeno movimento. "Se a gente não reclamar vão achar que está tudo bem e não vão mudar nunca. Os banqueiros gostam desse silêncio", dizia ele.
Imagino que ninguém ali estava satisfeito com a longa espera, acredito também que havia alguns já cansados de reclamar e outros que são absolutamente descrentes de mudanças (o que aumenta a inércia). Pra esses a informação: No dia 13/07/10 a prefeitura inteditou e multou a agência do Banco do Brasil do Iguatemi*.
É uma gota no oceano mas aquela história de "eu estou fazendo a minha parte" não sai de moda.

Para denunciar: Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à violência (Sesp) - 3322-1581 ou 156
*http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/index2.php? option=com_content&do_pdf=1&id=24352.