quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O saldo é de 349 barracas de praia demolidas na orla de Salvador. E esse número vai aumentar. Aquelas localizadas em Lauro de Freitas ainda não foram derrubadas.
Agora "sugerem" que os TRABALHADORES, que acabam de engrossar a estatística de desempregados na Bahia, recebam uma bolsa  enquanto não se resolve qual será o final dessa verdadeira novela mexicana. Sim, porque drama é o que não falta nessa história: Houve chôro, incêndio, pai sentado com filho no colo acorrentado à barraca...o que não houve foi solução. O que será dessas pessoas agora? Dizem que não adianta "chorar o leite derramado" mas como outros tantos litros serão derramados com certeza, cabe perguntar: Pra quê servem mesmo os programas de governo? Só agora perceberam isso? E o planejamento que deveria anteceder toda a decisão das derrubadas? Por que não houve um remanejamento? Conversa?   
As justifcativas são as mais diversas: a falta de higiene e a enorme desordem (entre outras) imperavam na orla. Não estou aqui julgando se as barracas deveriam ou não continuar onde/como estavam, mas a forma como o processo se deu, como as pessoas foram tratadas e o que há de ser delas de agora em diante. Havia ali investimentos em dinheiro e em projeto de vida.
O que fica é um entulho de sensação de impotência, madeira, covardia, palha de coqueiro, imposição, telhas e a democracia aos escombros.

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