quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ainda existem outros "Joões"


Pois é, finalmente as contas de João Henrique foram votadas e ele está, temporariamente, inelegível. Durante oito anos estaremos livres DESSE "coisa ruím". No entanto restam muitos ainda em exercício. 
Se este fosse um estado sério, ele não teria sido eleito (muito menos reeleito) e não teria recebido 25 votos a seu favor (escapamos por muito, bastavam mais três votos e as contas "passariam". Mais ainda, a votação seria democraticamente "aberta". Voto secreto por aqueles que teem a função política de representar o povo, é o FIM.
QUERO a lista dos ordinários "Joões Henriques Júniors".
Mas ainda não acabou não. As contas foram barradas mas o dinheiro que saiu do nosso bolso para pagá-las aonde foi parar? Torná-lo inelegível é só uma parte do processo. Continuem. Prestação de contas e devolução. Vamos pagar duas vezes? É isso?

quarta-feira, 17 de abril de 2013

"Conversa de pé de ouvido" com o Amor




Eu sei porquê. É que quando você é dispensado uma, duas, três vezes, você aceita o que aparece. Alguns não chegam ao terceiro número, outros nem ao segundo sequer. É foda mesmo. Eu estou na terceira vez. Será que a partir de agora vou começar a barganhar companhia? Triste. Logo eu? Tão resistente...
Em mim doi demais e sei porquê. As dores se repetem todas. Os amores, os prazeres, são únicos. Mas as dores, coletivas. Doem tudo de novo. Como quando você tem uma ferida que julga cicatrizada, aí se bate em alguma coisa - alguém - e "magoa", sabe? Então sai aquela casquinha, cascão...
Por que amo um de cada vez, um com cada delícia e "dou" - de doer - todos juntos? Isso é - no mínimo - injusto. Sacanagem. Escrotidão. Logo eu, amor, que me "dou toda pra você"... Ah, deve ser porque não te temo, né? Você não suporta isso. Acha que me julgo superior por não temer você? Não faço por maldade. Não me acho melhor não. Muito pelo contrário. É só uma forma de agradecimento por ser o único ser capaz disso, dessa maneira.
Nunca reclamei por ansiar um telefonema ou e-mail, por sorrir feito boba com lembranças em um ônibus, por alguém ser meu primeiro pensamento quando acordo e último quando vou dormir...ainda encorajo - eu tento - outras pessoas a louvar essa capacidade exclusivamente humana. 
Ah, é isso, né? Acha que te desafio e incentivo outros a fazerem o mesmo. Não é nada disso. Não me entenda mal. Até me sinto vazia quando você não está em mim. E propago o tempo todo a frase do poeta que melhor descreveu você na minha opinião: "Amar é próprio do amor". Viu, você? "A César o que é de César". Compartilho com ele a ideia de que o sublime de tudo isso deve-se somente a você. Nem o objeto amado/desejado é valorizado nessa teoria. É tudo seu! Todo o mérito, todo fascínio, toda a beleza,  toda infinitude.
O que quer de mim então? O que é? Você gosta daqueles que te resistem? Eu te perturbo ao te invocar? Me desculpe então. Fiz por mal não. Só  te queria mais um pouco. Gosto do rebuliço, da bagunça que você provoca. Chamo de V-I-D-A. Gosta não? Sou tão teimosa - mas honesta - que não vou prometer não agir mais dessa forma. Você tem um lugar cativo em mim. Não consigo ter medo de você. Me desculpe, mas você não me amedronta. Não tome por desafio. Ao contrário, é servidão. Me disponho pra você. "Vou sair pra depois voltar", tá? Quero de novo. Tá doendo, mas ainda não foi dessa vez que desisti, que me resignei. Vou tentar novamente. E, cá pra nós, posso até chamar por você, mas só vem se quiser.
Lembra que já não veio? Eu sim. Ele tava lá, todo disponível pra mim: coração, propostas, planos... eu te esperando... E você? Nada. "Furou" comigo, eu "furei" com ele. Qual o resultado disso pra ele? Eu fiquei "sentida", mas bem. E ele? Será que fechou a porta pra você depois do episódio? Muita gente faz isso. Eu ainda me choco como as pessoas podem te tratar assim. Mas hoje, eu quase entendi... 


Setembro, 2012