quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filha, não leia

Com tantas "mulheres-fruta", jogadores de futebol sem instrução, políticos corruptos e ex-BBBs ganhando "dinheiro a rodo" (como se diz) os meus argumentos de "estudar pra ser alguém na vida", de que é mais digno obter as coisas por seus esforços e não pelos dotes físicos, e, principalmente, que é mais importante "ser" do que "ter" estão cada dia menos convincentes pra uma criança de doze anos que vê a mãe sair de casa antes das 7h e voltar às 23h e não ter tempo de ensinar o dever, não ter grana pra essa ou aquela diversão.
Não estou me queixando da minha vida. Eu optei pelo que faço e estou feliz com as minhas escolhas. Respondo e arco com todas as consequências de cada uma delas. 
O que faço aqui é uma constatação. Que, infelizmente, sou apenas mais um exemplo de que as oportunidades não são as mesmas coisa nenhuma (isso é apenas um texto na Constituição e nos Direitos Humanos) e que os valores estão esquecidos ou muito deturpados...
Não leia esse texto não, filha. Pegue um livro. Eu ainda acredito!


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