segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nem tanto assim

As eleições servem pra mais do que eleger aqueles que supostamente nos representarão. Acabam sendo uma amostra de como a maioria do povo brasileiro está encarando a política partidária.


Tá! Romário e Tiririca foram eleitos, mas nomes tarimbados como Tasso Jereissati, Fernando Collor e César Borges, por exemplo, foram descartados.

"Novos nomes" como Leocrete (BA), Popó (BA), Netinho (SP), todos aproveitando-se de uma exposição midiática adquirida por outros méritos (?), absolutamente desprovidos de ideais sociais, também não alcançaram o objetivo de entrarem ou manterem-se nos cargos políticos.

Marina Silva obteve mais de 19 milhões de votos, um número que não dá pra ignorar.

Na verdade, penso que isso deveria ser óbvio (e não um motivo para comemoração), porém, a imagem que se tem da população nacional é de ser totalmente manipulável e tola.

Isso ainda não é o essencial (não mesmo!), mas deve querer dizer alguma coisa. Insatisfação e desejo de mudanças no cenário político – se pra melhor ou pior, os próximos quatro anos dirão – ou algo como: “Não somos tão bobos assim”...

2 comentários:

  1. É estratégico manter o voto obrigatório no país de maior desigualdade social da América Latina.

    Enquanto poucos votam conscientes da importância desse ato, os demais são induzidos midiaticamente à sina bienal de promover verdadeiros cartéis da corrupção. Mas, como conter o novo "efeito colateral" dessa anomalia democrática?.

    São vários "nomes novos" (gostei dessa impessoalidade, você consegue. rsrss) na política brasileira, frutos exclusivamente do, digamos, protesto aliado à falta de discernimente eleitoral e ignorância da maioria dos coagidos a exercer a "cidadania democrática". Quanta contradição!

    A imposição do voto sempre nos trouxe a certeza do crime. Agora é a dúvida sobre o futuro da nação que nos persegue.

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  2. Pois é, Mário. Todos os políticos falam com orgulho de ser e viver num país democrático. Mas que democracia é essa que impõe o cidadão a votar e o pune se não cumprir? "Direito imposto" de escolha?! Que democracia é essa?

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